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Dirigidos Por Mulheres Para Ver no Telecine

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O Telecine oferece inúmeras opções de filmes dirigidos por mulheres. Pensando nisso, resolvi reunir 4 filmes para você assistir na plataforma. Vamos lá?

1.Medusa (2023)

Dirigido pela cineasta brasileira Anita Rocha da Silveira, Medusa é um filme de terror e fantasia. Sinopse: Há muitos e muitos anos, a bela Medusa foi severamente punida por Atena, a deusa virgem, por não ser mais pura. Hoje, a jovem Mariana pertence a um mundo em que deve se esforçar ao máximo para manter a aparência de uma mulher perfeita. Para não caírem em tentação, ela e suas amigas se esforçam ao máximo para controlar tudo e todas à sua volta. Porém, há de chegar o dia em que a vontade de gritar será́ mais forte.

2. Observador (2022)

Esse suspense psicológico é dirigido pela americana Chloe Okuno. Sinopse: Julie vai morar com seu namorado em Bucareste e passa seus dias sozinha em um apartamento. A sua solidão rapidamente se transforma em um pavor quando ela percebe que seu vizinho não para de observá-la pela janela. Sem saber quem ele é, ou se tudo não passa de fruto de sua imaginação, a moça começa a ficar paranoica, ao mesmo tempo em que eventos violentos começam a acontecer ao seu redor.

3. A Lista do Sr. Malcolm (2022)

Da britânica Emma Holly Jones, esse filme de época é baseado no livro de mesmo nome escrito por Suzanne Allain. Sinopse: Na Inglaterra, no início dos anos 1800, o Sr. Jeremy Malcom, o solteiro mais cobiçado de Londres está em busca de uma noiva. Porém, o homem tem uma longa lista de qualidades que sua futura esposa deve ter. A jovem Julia Thistlewaite quer entrar na disputa, mas é rejeitada pelo Sr. Malcom. Para se vingar, ela resolve usar sua melhor amiga, Selina Dalton, para que finja ser a mulher dos sonhos do homem e, depois, o descarte.

4. Encontros e Desencontros (2003)

Drama dirigido por Sofia Coppola que já se tornou um clássico cult. Sinopse: Bob Harris é uma estrela de cinema que está em Tóquio para fazer um comercial de uísque. Charlotte, por sua vez, está na cidade acompanhando seu marido, um fotógrafo de celebridades aficionado pelo seu trabalhado e que a deixa sozinha o tempo todo. Sofrendo com o horário e estranhos em uma terra estrangeira, Bob e Charlotte não conseguem dormir e se encontram, por acaso, no bar de um hotel de luxo. Em pouco tempo, encontram distração, fuga e compreensão um no outro entre as luzes de Tóquio.

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Quem é Greta Gerwig: a diretora que fez história com Barbie.

Ela quebrou o recorde de maior estreia de filme dirigido por uma mulher nos Estados Unidos com Barbie, que já ultrapassa US$ 700 milhões na bilheteria mundial. Afinal, quem é Greta Gerwig e qual a importância de seus feitos para as mulheres?

Greta Celeste Gerwig é atriz, diretora e roteirista, conhecida por integrar o movimento Mumblecore (subgênero do cinema independente americano) e por seu papel marcante no filme Frances Ha, o qual ela também roteirizou junto a Noah Baumbach.

No entanto, seu sonho era originalmente seguir na carreira de dramaturga. Formada em inglês e Filosofia no Barnard College da Universidade de Columbia, enfrentou várias negativas em programas de mestrado, frustrando seus planos. Mas, em 2006, ainda durante sua graduação, teve a oportunidade de atuar no filme LOL, de Joe Swanberg.

A partir daí, ela se envolveu em outros projetos como atriz, roteirista e diretora, mas foi somente em 2017 que Greta dirigiu seu primeiro filme solo, Lady Bird: A Hora de Voar, tornando-se a quinta mulher da história a ser indicada ao Oscar de melhor direção. O longa também recebeu indicações nas categorias de melhor atriz, atriz coadjuvante, roteiro original e melhor filme.

Adoráveis Mulheres, lançado em 2019, também rendeu a Gerwig indicações ao Oscar de melhor roteiro adaptado, melhor filme, atriz, figurino, trilha sonora original e atriz coadjuvante. Muitos amantes do cinema se frustraram por ela não ter sido indicada na categoria de melhor direção, a qual teria vencido merecidamente.

Estar na direção do filme da Barbie significa para Greta Gerwig sua ascensão ao cinema mainstream, movimento que abrirá com certeza muitas portas para que a abordagem feminista que ela costuma trazer em seus projetos seja vista e discutida por mais pessoas ao redor do mundo. Não à toa, o filme causou mal-estar e é alvo de críticas negativas por grande parte do público masculino, que é incapaz de ver o machismo e patriarcado sendo exposto de uma maneira tão satirizada e aberta.

Aos que também criticaram Barbie por abordar “de maneira muito superficial” os temas afetos ao feminismo, resta lembrar que o longa não tem nenhuma obrigação de ser uma aula, tese de mestrado ou curso sobre como mudar o patriarcado. Ele é muito mais uma maneira de provocar e fazer o grande público sentir, se divertir e identificar. Nisso, não podemos dizer que Gerwig não acertou em cheio.

 

Fontes:

https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/mulheres-no-cinema-greta-gerwig

https://mulhernocinema.com/especiais/saiba-mais-sobre-greta-gerwig-diretora-de-lady-bird-e-adoraveis-mulheres/

https://rollingstone.uol.com.br/cinema/barbie-greta-gerwig-quebra-recorde-de-maior-estreia-de-filme-dirigido-por-mulher-nos-estados-unidos/

https://stealthelook.com.br/por-que-greta-gerwig-e-uma-das-principais-diretoras-de-hollywood/

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A História de Dido Elizabeth Belle

Recentemente vimos em Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton, a representação de como teria sido a vida da Rainha Charlotte, a primeira rainha da Inglaterra a ter uma descendência africana direta. Pouco se fala, no entanto, sobre a história de Dido Elizabeth Belle, jovem aristocrata negra, filha de uma escrava e um oficial da marinha, que pode ter tido um papel importante no debate sobre o fim da escravidão.

A jovem Belle nasceu em 1761, fruto na inusitada (para a época) relação entre uma escrava africana, Maria Belle, e um oficial da marinha britânica, Sir John Lindsay. Nos primeiros anos de sua vida, a jovem foi criada pela mãe, mas viria a ter uma mudança de vida em 1765, quando passou a ser educada pelo tio avô William Murray, o primeiro conde de Mansfield.

Dido foi criada junto a Lady Elizabeth Murray, sobrinha do conde e cuja mãe havia falecido. As duas foram educadas da mesma maneira, com os mesmos privilégios, mas Belle ainda sofreu muito preconceito e momentos difíceis durante a vida.

Casou-se em 1793 com o conde francês John Davinier e tiveram três filhos. Historiadores apontam que Dido pode ter exercido forte influência sobre algumas das decisões históricas de William Murray contra a escravidão. 

Inspirado numa Pintura de 1779 de Dido Elizabeth Belle e sua prima, Lady Elizabeth Murray, o filme Belle (2013) nos mostra uma perspectiva de como teriam sido os anos de vida da jovem, sua luta contra o preconceito e também a influência sobre a abolição da escravidão. Além disso, o filme retrata a história de amor entre Dido e Davinier.

É um filme muito interessante e belo, principalmente para os amantes de obras de época. Acredito que ainda é pouco comentado e merecia mais importância mesmo por nos contar um capítulo tão importante da história e conhecido por poucos. Essa é, portanto, a minha dica de filme para hoje!

 

Crédito e descrição das Imagens:

Pintura de Dido Elizabeth Belle e sua prima, Lady Elizabeth Murray / Crédito: Wikimedia Commons.
Reprodução: Filme Belle (2013), Fox Searchlight Pictures.

Fontes: 

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/preconceito-e-aceitacao-saga-de-dido-elizabeth-belle-uma-nobre-inglesa-negra.phtml;

https://www.filmin.pt/filme/belle-2013;

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-48210712;

https://12min.com/br/dido-elizabeth-belle-resumo;

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A Importância da vitória de Michelle Yeoh no Oscar

Em 2002 Halle Berry venceu o Oscar de Melhor Atriz pelo filme A Última Ceia, tornando-se a primeira mulher não branca a alcançar tal feito. Vinte anos se passaram até que pudéssemos ver outra mulher não branca e a primeira asiática a vencer tal categoria: Michelle Yeoh, por Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo.

É uma vitória extremamente significativa e motivos não faltam para comemorar, mas não podemos deixar de notar que, durante todos esses anos, diversas outras atrizes não brancas não tiveram a oportunidade de alcançar tal patamar em suas carreiras.

A atriz Viola Davis, por exemplo,  tornou-se a primeira mulher negra a ganhar o Emmy de Melhor Atriz em Série Dramática em 2015, usando de seu momento para lembrar que o abismo da falta de oportunidade para mulheres negras ainda é enorme. Como bem apontado por Viola,  “você não pode ganhar um Emmy por papéis que simplesmente não existem”.

Para além da representatividade das mulheres não brancas, Yeoh abre ainda um precedente para ilustrar a capacidade das mulheres acima de 60 anos terem carreiras significativas não só em Hollywood, mas em qualquer aspecto de suas vidas. Em seu discurso emocionado, a atriz deixa uma mensagem clara para nós: “Mulheres, não deixem que ninguém diga que você já passou do seu auge”.

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Pantera Negra e O Protagonismo Feminino Negro.

No mês da consciência negra, mais do que em qualquer outro mês do ano, as atenções se voltam para debater e agir contra o racismo e a desigualdade social. É justo que nesse mês o cinema nos presenteie com um filme que traz mulheres negras para um local de protagonismo.

Em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre havia um desafio em continuar com a história de Wakanda sem a presença do rei T’Challa, interpretado por Chadwick Boseman, que nos deixou em 2020. Essa ausência foi trabalhada da melhor maneira possível, trazendo as mulheres para papéis que seriam facilmente interpretados por homens: elas comandam exércitos, lutam, exercem influência e tomam decisões importantes.

Além de toda a exuberância visual do longa, o roteiro fica sempre à altura do Pantera Negra de 2018, conseguindo trazer a emoção para além das telas, com muitas cenas de suspense, ação e também alívios cômicos que funcionam sem parecer forçados.

Por fim, a escolha do filme por abrir caminho para um sucessor de T’Challa dá um sopro de ar para que a Marvel possa respirar, digerir a falta que Boseman faz e traçar novas histórias para serem contadas nos cinemas. Esperamos que as mulheres continuem fazendo parte delas.

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Um Olhar Verdadeiro Sobre as Bruxas do Cinema.

Outubro é marcado pelo Dia das Bruxas e, muitas vezes, o conceito de Bruxa é, ainda hoje, usado de maneira pejorativa para se referir a mulheres que se rebelam contra padrões ditados pela sociedade patriarcal.

Na Idade Média muitas mulheres foram perseguidas, acusadas de feitiçaria e bruxaria, por possuírem domínio no uso de ervas medicinais para curar enfermidades¹. Somente por volta de 1750, com a ascensão do Iluminismo, o movimento de “caça às bruxas” teve um “fim”.²

Por isso, venho aqui hoje falar com irmãs, bruxas, mulheres sábias e conhecedoras da natureza, para apresentar três filmes que falam verdadeiramente e de maneira disruptiva sobre a essência das Bruxas, pois só o conhecimento é capaz de libertar a mente humana dos preconceitos.

A Bruxa (2015)

Um filme de Robert Eggers, cuja história se passa em uma fazenda no século 17, quando uma histeria religiosa toma conta de uma família que acusa a filha mais velha pelo desaparecimento do seu irmão ainda bebê. A meu ver, aqui a mensagem principal é centrada em expor o fanatismo religioso que levou muitas mulheres a serem acusadas e mortas por serem consideradas bruxas.

The Love Witch (2016)

Escrito e dirigido pela cineasta Anna Biller, The Love Witch é uma comédia de terror e conta a história de Elaine Parks, uma bruxa moderna que usa feitiços e magia para fazer os homens se apaixonarem por ela com resultados desastrosos. Anna usa a narrativa envolvente para abordar conceitos como misoginia, os conceitos sobre o amor e libertação feminina.

As Bruxas de Eastwick (1978)

Um clássico do cinema com nomes consagrados como Susan Sarandon, Cher, Michelle Pfeiffer e Jack Nicholson. Nessa comédia, três mulheres entediadas que vivem na pacata cidade de Eastwick, na Nova Inglaterra, estão sempre imaginando o homem ideal, até que conhecem o misterioso ricaço Daryl Van Horne. Uma história que fala, acima de tudo, sobre como as mulheres não devem temer ser quem são e que não precisam seguir o papel a elas imposto pela sociedade.

 

Notas

1. https://brasilescola.uol.com.br/historia/bruxas.htm

2. https://catarinas.info/a-caca-as-bruxas-uma-interpretacao-feminista/

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Justiceiras: rivalidade feminina, sororidade e muita nostalgia.

O filme Justiceiras (Do Revenge) chegou há poucos dias na Netflix mas já conquistou inúmeros espectadores, seja pelo visual nostálgico e referências aos clássicos dos anos 90, seja por sua trama cheia de reviravoltas. Além de ser divertido e gostoso de assistir, acredito que o filme anseia por passar algumas mensagens, principalmente para os jovens que são público alvo da produção.

A diretora e roteirista Jennifer Kaytin Robinson já revelou em entrevista à Netflix que teve grande inspiração em filmes clássicos como As Patricinhas de Beverly Hills (1995), Meninas Malvadas (2004) e Segundas Intenções (1999), mas nem por isso seu longa deixa de ter uma mensagem e estilo que caminham com as próprias pernas.

Em Justiceiras, Drea (Camila Mendes) e Eleanor (Maya Hawke) são duas jovens completamente diferentes, mas que possuem em comum o desejo de vingança contra pessoas que as fizeram passar por grandes humilhações. Assim, as duas fazem um acordo em que cada uma é responsável pela vingança da outra.

Em meio a cenários coloridos, inúmeras referências e romances complicados, o filme nos fala muito sobre a rivalidade feminina (principalmente na época do colégio), amizade e sororidade, com uma mensagem que parece simples mas que é de extrema importância: a premissa de que tentar ser alguém que você não é apenas para se encaixar nunca é uma boa ideia.

Com um elenco escolhido a dedo e uma trama cheia de reviravoltas, esse é um dos filmes que eu indicaria para as minhas melhores amigas de olhos fechados. Ele é capaz de interessar tanto a Gen Z como Millennials por mesclar muito bem elementos das duas gerações. Espero que aproveitem!

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Não Foi Minha Culpa: série brasileira aborda violência contra as mulheres de forma verossímil.

Nova série brasileira original Star+ conta 10 histórias de diferentes mulheres que possuem algo em comum: são vítimas de feminicídio e violência de gênero. “Não Foi Minha Culpa” é dirigida por Susanna Lira, com roteiro assinado por Juliana Rosenthal e Michelle Ferreira e possui um formato antológico1, tendo como plano de fundo o Carnaval Brasileiro.

O drama não é nada fácil de assistir, principalmente por apresentar inúmeros gatilhos para quem já sofreu esse tipo de violência, mas com certeza é uma produção relevante e se destaca por sua verossimilhança com situações que sabemos acontecer todos os dias.

A roteirista Juliana Rosenthal afirma que a série se trata de um “projeto internacional, com versões colombianas e mexicanas”. As histórias são baseadas em fatos e foram construídas em conjunto por meio de conversas entre elenco e produção.2 A ambientação durante o carnaval é proposital, por ser um evento em que diferentes classes se encontram e, infelizmente, muitas vezes a violência contra as mulheres é maquiada.

Com um elenco extremamente competente, histórias bem amarradas e muita reflexão, “Não Foi Minha Culpa” se apresenta como obrigatória tanto para nós, mulheres, como para os homens. Tanto o elenco como a produção acreditam que esse belíssimo trabalho pode servir como um meio de empoderar as mulheres e tocar na consciência dos homens.

1 O formato de série antológico é caracterizado por ter episódios sem continuidade e conexão narrativa, pois cada um traz uma história diferente, tendo como elo apenas o tema da história.

2 CARVALHO; FARIA. Elenco de série sobre feminicídio faz acompanhamento psicológico durante gravações. CNN Brasil, disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/entretenimento/elenco-de-serie-sobre-feminicidio-faz-acompanhamento-psicologico-durante-gravacoes/.

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Séries de Mulheres: Duas Dicas Imperdíveis.

Recentemente assisti a duas séries de tv que me chamaram atenção não só por terem ótimas histórias que prendem do início ao fim, mas por terem sido criações ou adaptações de histórias feitas por mulheres.

A primeira delas é Maldivas (2022) que, além de ser uma produção nacional, foi criada e estrelada por Natalia Klein1. Essa é uma história que contém muito suspense e mistério com pitadas ácidas de humor. Na série, somos convidados a entender o velho ditado de não julgar um livro pela capa e de que as aparências enganam.

Maldivas (Divulgação/Netflix)

A própria Natalia deixa claro que utilizou de clichês de gênero propositalmente na trama, recurso que, além de nos contagiar pela familiaridade, abre brechas para algumas críticas e alfinetadas. Divertida, com episódios curtos, é a série perfeita para maratonar em um fim de semana, cheia de reviravoltas, segredos e bons drinks.

Minha segunda indicação é a série O Verão que Mudou Minha Vida (2022), uma adaptação da trilogia de livros escritos por Jenny Han2, uma linda história sobre crescer e amadurecer. Na trama, podemos acompanhar os dramas da adolescente Belle, que todo verão viaja para a casa de praia com a família e amigos, mas, nos seus 15 anos, percebe que muitas coisas não são mais como antigamente.

O Verão que Mudou Minha Vida (Divulgação/Amazon Prime Video)

Além de ser deliciosamente nostálgica e contar com uma trilha sonora maravilhosa, a série aborda não só os temas da vida adolescente, mas faz questão de inserir arcos bem trabalhados sobre a vida dos adultos que não estão ali somente para preencher papéis. Também é perfeita para uma maratona de fim de semana!

Espero que vocês aproveitem e curtam bastante essas dicas, pois eu me apaixonei por estas duas “séries de mulheres”.

1 Natalia Klein é escritora, roteirista, comediante e atriz, também criadora do blog Adorável Psicose, que deu origem à série de TV com o mesmo nome.

2 Jenny Han é uma escritora norte-americana de origem coreana. Ela é conhecida por escrever livros infantis e adolescentes.

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Para sempre felicidade: uma deliciosa surpresa.

Em 2021 a Netflix lançou o romance sul-africano “Para Sempre Felicidade” como sequência do sucesso “Happiness Is a Four Letter Word” (2016), dirigido por Thabang Moleya e roteirizado por Ayanda Halimana. No entanto, só esse ano tive o prazer de acompanhar essa deliciosa história sobre amizade, amor e sororidade.

Não é novidade que tento sempre trazer dicas de produções femininas, mas desta vez quis dar destaque a uma direção masculina que acerta o tom de um roteiro feminino. Além disso, me encantou ver um filme sul-africano chegando a uma plataforma de streaming mundialmente conhecida, dando voz e vez a um elenco predominantemente negro que pouco estamos acostumados a ver.

Para Sempre Felicidade é um drama romântico que acompanha três amigas em Joanesburgo que lutam por seus trabalhos, relacionamentos, e enfrentam as adversidades da vida, como problemas familiares. Os cenários e figurinos do longa são sofisticados e cheios de vida, destacando perfeitamente a personalidade decidida de suas protagonistas.

É o tipo de filme perfeito para dias em que precisamos nos sentir identificadas, dar boas risadas e sermos tocadas pelos momentos mais emocionantes, seguindo a pegada de “filmes conforto” que tanto adoramos, sendo também uma ótima oportunidade para conhecer e se surpreender com produções sul-africanas ao mesmo tempo em que nos divertimos.