Chegou mais um 2 de abril, Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 pela ONU e tem a finalidade de promover conhecimento acerca do Transtorno do Espectro Autista, que, segundo pesquisa recentemente publicada pela Revista Autismo, com fonte do CDC (Centro de Controle de Doenças), do governo dos Estados Unidos, dados estarrecedores evidenciam que 1 em cada 36 crianças de até 8 anos dos EUA são diagnosticadas dentro do espectro.
Isso já nos revela como o autismo é uma realidade bastante presente. Já disse aqui em outras oportunidades e reitero, se hoje você não tem familiares ou pessoas diretas de seu convívio com TEA, provavelmente eles estarão cada vez mais próximos em futuras gerações. Os Estados Unidos é um dos países que mais se pesquisa e implementa políticas públicas para essas pessoas no mundo, fato que infelizmente não acontece em nosso país. Não dispomos, ao menos, de estatísticas atualizadas que estime o tamanho dessa população, nem tampouco efetivamos com dignidade e clareza as legislações e políticas que assegurem e viabilizem ações.
Na esteira de toda essa discussão, vamos visibilizar a proposta-tema deste ano: “Mais informação, menos preconceito”. Muito assertiva no sentido de que quanto mais eu me informo e me aproximo dessa realidade, mais eu vejo que as diferenças são parte de um mundo neurodiverso onde o autista só precisa, muitas vezes, do acolhimento e da sensibilidade do outro.
Dia desses conversava com uma colega da área da área da saúde onde ela relatava, angustiada, das dificuldades enfrentadas em ambiente hospitalar por outros profissionais que não manejam corretamente como administrar medicações da pessoa autista. Então, ela decidiu elencar pontos simples, diretos e passou aos colegas:
– Dar previsibilidade dos procedimentos, ter trato com a pessoa ao dirigir-se a ela (quando possível) para que ela tenha segurança e confiança em você;
– Quando estiver frente a frente com um autista, ajude-o da maneira que puder;
– Se tiver oportunidade, tente conversar;
– Elogie o que ele faz de bom;
– Não o julgue;
– Não desista dele.
Essas foram algumas informações que ela disseminou em seu ambiente de trabalho ajudando a desmistificar situações e ampliando possibilidades para uma conduta humanizada e inclusiva. Espero que você abra seu coração neste mês de abril, basta ser sensível, amoroso, vestir-se de azul e juntar-se a nós neste domingo, dia 2, às 16 horas, ao lado do Teatro Dix-huit Rosado, em uma caminhada rumo à conscientização.
Até lá!