O Estado brasileiro, mais uma vez, reafirma seu projeto genocida contra a população negra, tendo matado Genivaldo de Jesus Santos em Umbaúba-Sergipe, após ser colocado no camburão de uma viatura policial, em 25/05, mesma data em que assistimos, há dois anos, o caso George Floyd nos Estados Unidos.
Ambos, Genivaldo e George, morreram asfixiados pelo forte vírus da violência racista estrutural em ações policiais.
Genivaldo deixa Maria Fabiana e seu filho, um menino de sete anos, que, com certeza, terá muita dificuldade de compreender o por quê do seu pai ter sido assassinado dessa forma, sem contar como fica a situação de existência, pois era Santos que sustentava a família.
Ele foi vítima de uma atrocidade, asfixiado até a morte pela polícia. São corpos negros como o dele que são alvo da política genocida nesse país.
O genocídio racista fundamenta-se na racialidade e na discriminação injustificável que mata, direta e indiretamente, tendo como alvo principal: homens negros, mulheres negras (trans e cis), jovens negros e pessoas LGBT, sob o falso mito de que vivemos uma democracia racial.
O governo genocida racista, com suas mãos contra o povo negro, atua nas comunidades como agente naturalizador da morte contra o povo preto. Tudo movido pelo ódio e necropolítica.
São os negros tidos como suspeitos, bandidos e marginais por conta da condição de classe e raça. É esse tratamento dado pelo governo genocida às populações periféricas que resulta na invisibilidade, exclusão e morte.
Estamos de luto, que vira protesto, hoje e sempre. E enquanto o vírus do genocídio racista não cessa, não cessaremos. Vidas Negras importam, justiça por Genivaldo!