A tentativa de convencer os vereadores da base governista sobre a importância de aprovar o requerimento de urgência vem desde março de 2024. “Passamos esse tempo todo tentando construir um consenso, mas para eles a violência contra a mulher não é importante”, frisa.
Em sessão ordinária no último dia 30 de abril, Marleide defendeu o projeto, justificou a urgência e destacou a importância para a cidade de Mossoró. Citou alguns nomes de mulheres que foram vítimas de feminicídio no Rio Grande do Norte nos últimos anos e apresentou estatísticas de feminicídio no Brasil, mostrando o contexto de violência no qual as mulheres estão inseridas. Mesmo assim, os vereadores não se convenceram da urgência de colocar o projeto em votação.
“Eu tenho um projeto de lei protocolado nesta casa e não vou mais esperar que haja consenso para votação porque estou aguardando construir esse consenso há meses e ainda não consegui. É um projeto simples, mas de impacto fundamental na preservação da vida das mulheres e para mudança de consciência e comportamento”, disse a vereadora durante sessão no último dia 30.
O projeto tem entre os objetivos: colaborar na reflexão crítica da sociedade sobre a identificação, prevenção e o enfrentamento à discriminação, preconceito e à violência contra a mulher; demonstrar e divulgar os mecanismos de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar, seus instrumentos protetivos e os meios para o registro de denúncias; cooperar na promoção da igualdade entre homens e mulheres como forma de prevenir e coibir a violência contra as mulheres e estabelecer parcerias com os órgãos e entidades que atuam no município de Mossoró/RN na prevenção e proteção às mulheres em situação de violência para a produção, distribuição de material educativo, ações e eventos que tenham por intuito a promoção, a reflexão e o debate sobre as questões que permeiam as violências contra as mulheres.