O primeiro dia do mês de maio é emblemático em pelo menos 80 (oitenta) países em todo mundo, isso porque o dia 1º de maio representa as conquistas de todos os trabalhadores ao longo da história. Inclusive, a data surge em 1º de maio de 1886 em decorrência de uma greve operária que ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos. Na época, os trabalhadores reivindicavam melhores condições de trabalho.
Após 138 anos, é preciso olhar para o passado e percebermos que nos dias de hoje o mote ainda é o mesmo: nós, trabalhadores e trabalhadoras brasileiros e brasileiras precisamos continuar lutando por melhores condições de trabalho, por salários mais justos, por igualdade salarial entre homens e mulheres, pela realização de concursos públicos, pela melhoria do serviço público que atende aos filhos e filhas dos trabalhadores e trabalhadoras de toda e qualquer nação.
Nesse sentido, aprendemos com a história que a conquista dos direitos dos trabalhadores aqui, no Brasil, e em qualquer país do mundo não foi dada gratuitamente, mas conquistada com lutas, protestos, greves e até enfrentamento de violência e truculência por parte daqueles que oprimem e exploram a classe trabalhadora.
Uma consciência política libertadora gera cidadãos conscientes da importância que o seu trabalho tem para a sociedade, essa mesma consciência política nos tira as vendas dos olhos para enxergarmos as injustiças, a exploração humana e desumana, ao mesmo tempo que nos impulsiona a lutar e a protestar por uma qualidade de vida melhor.
Uma consciência política libertadora é como a educação crítica, reflexiva e ativa proposta pelo grande professor Paulo Freire a serviço da verdadeira transformação social. A verdadeira consciência política libertadora é aquela que é crítica não pelo viés destrutivo, mas porque pensa, reflete, se posiciona e reivindica ante a direitos e injustiças que precisam ser reparados na sociedade vigente.
Já a política da alienação vai de encontro a consciência política libertadora que os trabalhadores e trabalhadoras, conscientes de seu papel e de sua importância, adquiriram muitas vezes na vivência das lutas já travadas, pois como o próprio nome já diz, a alienação aliena emudece, distorce e na maioria das vezes se impõe de forma intransigente e autoritária.
Sendo o homem um ser naturalmente político como defendeu o grande filósofo grego Aristóteles, que a consciência política libertadora seja com todos os trabalhadores
e trabalhadoras e que nós nos não deixemos resignar ou acomodar pela política da alienação que emudece diante das injustiças, das faltas de condições de trabalho e de direitos que ainda precisam ser conquistados, aliás, o voto, que também é um direito conquistado com luta, nos legitima a cobrar dos nossos representantes políticos a construção de uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.
Que no mês que faz alusão aos trabalhadores e trabalhadoras, possamos refletir sobre a nossa história, as nossas conquistas, mas sobretudo, que não nos deixemos calar ante as melhorias de condições de trabalhos que precisamos reivindicar. A luta dos trabalhadores e trabalhadoras continua!
Texto de Paula Regina da Silva Duarte