Mossoró contará com mais um espaço que atuará junto a rede de apoio no enfrentamento à violência contra a mulher. Estamos falando da Sala Lilás, espaço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, que está prevista para ser inaugurada ainda esse mês.
O nome já foi escolhido, a homenageada é Elizabeth Nasser, antropóloga, feminista ativista, que faleceu em 2020, aos 84 anos, vítima da Covid, em Natal. A escolha do nome de “Betinha”, como era conhecida, tem relação com sua trajetória de luta em defesa da mulher. Além de integrar as lutas pelos direitos das mulheres, a antropóloga deixou sua contribuição, também, na literatura feminista. Nasser é autora do livro “Viva a Diferença, Com Direitos Iguais”, lançado em 2004.
Segundo a assistente social do juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, Helena Leite, a Sala Lilás, Projeto do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, “é um ambiente para acolher as mulheres em situação de violência doméstica e familiar, para encaminhar, orientar e esclarecer, antes e depois das audiências. Além de reunir grupos de mulheres e fazer círculos restaurativos”, explica.
O espaço que é anexado ao Juizado de Violência Doméstica e Familiar, localizado no térreo do Fórum Desembargador Silveira Martins, contará com uma equipe multidisciplinar composta por psicólogas, assistentes sociais, pedagogas e atuará junto às outras redes de proteção à mulher, incluindo a Patrulha Maria da Penha, tanto na esfera estadual quanto na municipal.
A estrutura física dispõe de recepção, sala de atendimento para a equipe técnica e uma brinquedoteca, para as crianças terem um espaço acolhedor enquanto as mães estiverem em atendimento. Ainda de acordo com Helena a mobília da sala já foi toda adquirida e parte dos móveis já chegou.
Atualmente o Poder Judiciário potiguar conta com duas Salas Lilás, uma no Anexo da Ribeira (antigo Grande Hotel) e a outra no Centro Judiciário Varella Barca, na Zona Norte de Natal.