Recentemente vimos em Rainha Charlotte: Uma História Bridgerton, a representação de como teria sido a vida da Rainha Charlotte, a primeira rainha da Inglaterra a ter uma descendência africana direta. Pouco se fala, no entanto, sobre a história de Dido Elizabeth Belle, jovem aristocrata negra, filha de uma escrava e um oficial da marinha, que pode ter tido um papel importante no debate sobre o fim da escravidão.
A jovem Belle nasceu em 1761, fruto na inusitada (para a época) relação entre uma escrava africana, Maria Belle, e um oficial da marinha britânica, Sir John Lindsay. Nos primeiros anos de sua vida, a jovem foi criada pela mãe, mas viria a ter uma mudança de vida em 1765, quando passou a ser educada pelo tio avô William Murray, o primeiro conde de Mansfield.
Dido foi criada junto a Lady Elizabeth Murray, sobrinha do conde e cuja mãe havia falecido. As duas foram educadas da mesma maneira, com os mesmos privilégios, mas Belle ainda sofreu muito preconceito e momentos difíceis durante a vida.
Casou-se em 1793 com o conde francês John Davinier e tiveram três filhos. Historiadores apontam que Dido pode ter exercido forte influência sobre algumas das decisões históricas de William Murray contra a escravidão.
Inspirado numa Pintura de 1779 de Dido Elizabeth Belle e sua prima, Lady Elizabeth Murray, o filme Belle (2013) nos mostra uma perspectiva de como teriam sido os anos de vida da jovem, sua luta contra o preconceito e também a influência sobre a abolição da escravidão. Além disso, o filme retrata a história de amor entre Dido e Davinier.
É um filme muito interessante e belo, principalmente para os amantes de obras de época. Acredito que ainda é pouco comentado e merecia mais importância mesmo por nos contar um capítulo tão importante da história e conhecido por poucos. Essa é, portanto, a minha dica de filme para hoje!
Crédito e descrição das Imagens:
Fontes:
https://www.filmin.pt/filme/belle-2013;